domingo, 1 de julho de 2012

GM pode demitir em massa em São José dos Campos, diz sindicato

Montadora reuniu-se com sindicato local e admite medidas drásticas no setor MVA



A General Motors afirmou, na sexta-feira, dia 29, em reunião com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (cidade do Vale do Paraíba), que reduzirá ainda mais a produção do setor MVA, onde são fabricados os modelos Corsa, Classic, Meriva e Zafira e que, neste momento, não haverá novos investimentos na fábrica. A redução da produção, segundo a GM, resultará em medidas drásticas em relação à mão de obra excedente. 

Para o sindicato, está clara a intenção da montadora em realizar demissão em massa na fábrica. O MVA reúne hoje cerca de 1,5 mil trabalhadores. Desde o dia 18 de junho, o setor já vem trabalhando com um turno a menos. Uma reunião para discutir o assunto deve ocorrer em dia 23 de julho entre a montadora, o Ministério do Trabalho, a Secretaria Estadual de Trabalho, a prefeitura de São José dos Campos e o sindicato.

Segundo a entidade que reúne os trabalhadores, o diretor de assuntos Institucionais da GM, Luiz Moan, comprometeu-se a agendar a reunião com os representantes dos governos federal, estadual e municipal. A confirmação será feita na próxima semana. Diante da iminência das demissões, o Sindicato intensifica, a partir de segunda-feira, dia 2, uma campanha em defesa do emprego na GM. Será realizada uma série de atividades, inclusive com mobilizações, para chamar a atenção da sociedade e exigir que o poder público interfira e evite as demissões.

Na segunda-feira termina o Programa de Demissões Voluntárias (PDV) aberto pela GM no dia 22 de junho. A montadora afirmou para o sindicato que não pretende prolongar o PDV, mas não informou a meta pretendida nem quantos trabalhadores já aderiram ao programa. A fábrica de São José dos Campos passou por dois PDVs em junho. O primeiro ficou aberto entre os dias 5 e 15 e houve a adesão de 186 trabalhadores. No dia 27, uma manifestação em favor da manutenção dos empregos paralisou o setor MVA por duas horas.

Se o fechamento do MVA realmente ocorrer, a fábrica passará a produzir apenas a S10, os kits de exportação, motores e transmissões, além de plásticos injetados e itens estampados. Hoje a planta emprega cerca de 7,5 mil funcionários. Na reunião desta sexta-feira, o Sindicato cobrou abertura de negociação da pauta de reivindicações, que inclui a produção integral do Classic em São José dos Campos, nacionalização dos carros importados, fim das demissões, manutenção dos postos de trabalho e volta da produção de caminhões na planta.



Fonte: Automotive Business

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