sexta-feira, 22 de junho de 2012

Teste completo: Fiat Palio Weekend, Strada e Siena EL 2013

Fiat promove reestilização na Palio Weekend, Strada e Siena EL para separá-los do resto da linha Palio


Desde que foram lançados, Palio Weekend, Strada e Siena sempre tiveram relação direta com o Palio, modelo que deu origem à linha em 1996. Seja no nome – caso da perua – seja no visual, os três eram apenas variantes de carroceria do hatch precursor. Entretanto, com o lançamento da nova geração do Palio, no ano passado, a Fiat decidiu mudar essa história. O Grand Siena chegou em abril, com identidade própria. Agora, o resto da linha manteve a antiga trilha. Ou seja, para os três outros veículos da linha – a station, a picape e a configuração de entrada do sedã –, a mudança foi bastante discreta. Não passou de um retoque estético na dianteira, um novo painel no interior e uma rearrumação das versões.

E, ao menos por enquanto, essa atualização deve ser suficiente para dar sobrevida aos modelos. A Fiat ainda nem cogita a substituição de qualquer um dos três por veículos com plataformas atualizadas – seja do novo Palio ou de qualquer outra. Na Strada, a razão é mercadológica. Ela representa 47,7% do segmento de picapes compactas do mercado nacional. Já Palio Weekend e Siena EL registraram quedas importantes nas vendas. E as pequenas mudanças buscam manter a liderança sobre a Volkswagen SpaceFox e encostar no Chevrolet Classic, respectivamente.


Para isso, a Fiat não foi muito ousada. Do lado de fora, a marca expandiu a nova identidade visual através da nova grade, com um friso cromado horizontal. "O bigodinho virou tendência", brinca, Claudio Demaria, diretor de engenharia da empresa, ao fazer alusão ao apelido da peça desde o primeiro 500, da década de 1950. Além dela, todas as versões ganharam um novo para-choque dianteiro. Atrás, a única que recebeu novidades foi a Weekend, com um aplique cromado sobre a placa.

Por dentro, porém, as modificações são bem mais claras. Cada carro recebeu um novo console central, com novo design dos comandos. Os painéis de instrumentos também são diferentes, diferentes para cada um dos modelos. Outra novidade no interior é o volante, totalmente novo. Os bancos receberam novas estruturas e forros.


Em relação às versões, o maior destaque vai para a Strada Trekking. Antes equipada com o motor 1.4 Evo de 86 cv, a configuração intermediária da picape conta com o 1.6 16V E-torQ de 117 cv – é a primeira vez que o modelo recebe esse propulsor. Agora todas as três versões da Strada – além da Trekking, a de entrada Working 1.4 e a Adventure 1.8 16V – passam a ter a opção de cabine dupla – antes exclusiva para a topo. Os preços são de R$ 31.490, R$ 38.350 e R$ 47.490, na ordem.

A Palio Weekend recebeu apenas novos equipamentos nas já conhecidas versões Attractive 1.4, Trekking 1.6 e Adventure 1.8 16V. O airbag duplo e os freios com ABS são de série em todas, por exemplo. A perua parte de R$ 41.490, passa por R$ 43.360 e atinge R$ 51.210, sem opcionais. No caso do Siena, a Fiat extinguiu a antiga configuração de entrada Fire, que ainda tinha o visual da terceira fase do carro. Agora, o EL faz o papel de sedã de entrada da marca com dois motores. O 1.0 de 75 cv – R$ 28.150 – e o 1.4 de 86 cv – R$ 30.970. Assim, a ideia é deixar o Grand Siena como um três volumes mais requintado e moderno, bem distante da proposta do EL.


Primeiras impressões

Todos por um

Recife/Pernambuco – Como as mudanças individuais em cada carro foram sutis, a saída para Fiat foi juntar tudo no mesmo bolo. Assim, apresentou todas as 15 versões de Strada, Siena EL e Palio Weekend ao mesmo tempo. O problema é que nem assim conseguiu disfarçar a falta de novidade de seus modelos. A impressão geral é que foi uma renovação feita às pressas para tentar amenizar a idade dos projetos. Ao menos, a marca italiana não se ateve à tradicional mudança de grade/para-choque. Não que não tenha feito isso, mas também fez modificou de forma mais expressiva o interior.

Qualquer um dos três modelos ficou mais interessante. Os volantes novos – principalmente na picape e na perua – são bonitos e trazem comandos do rádio como opcionais. Nas versões com câmbio automatizado, eles ainda podem receber borboletas para trocas de marcha na parte de trás. No resto do painel, mudanças de cunho apenas estético. O console central recebeu um novo desenho, com novas saídas e comandos de ventilação e um rádio mais moderno.


Em frente ao passageiro, um ressalto acompanha o desenho da saída de ar individual. Os painéis de instrumentos também são novos e mais vistosos. Claro que não são modificações profundas – os materiais ainda são muito pobres e de má qualidade ao toque –, mas para quem compra, dá aquela sensação de que é outro carro em relação à linha aposentada.

Em movimento, sem novidades. Destaque apenas para a Strada, que passa a ser equipada pela primeira vez com o motor 1.6 16V de 117 cv. E, na picape, de uma maneira geral, o propulsor se dá bem. Pelo relativo baixo peso, ele é eficiente e move o modelo com competência. Mas para isso, é preciso paciência. Só acima dos 2.500 giros ele começa a dar algum sinal de força e só "enche" mesmo próximo das 4.500 rpm.



No Siena EL, a configuração mais interessante é a mais forte, de 1.4 litro. O propulsor já é conhecido e não preza pelo desempenho, mas, mesmo assim, é bem superior ao "chocho" 1.0 de 75 cv. O comportamento comedido do motor combina com a calibração da suspensão. Criticada já muitas vezes, ela é molenga demais e não sustenta o carro em curvas mais fechadas. A carroceria rola bastante e há sensação de insegurança.

Já na Palio Weekend, a versatilidade agrada. Há bastante espaço na cabine e no porta-malas e a lista de equipamentos é recheada, com airbags e ABS de série. Na testada configuração topo de linha Adventure Locker, o motor 1.8 16V é valente, mas às vezes briga com o câmbio Dualogic – ainda sem a atualização lançada no Bravo –, indeciso em muitos momentos. Além disso, para passar em terrenos acidentados o controle que um carro manual dá é altamente indicado.



Ficha técnica

Fiat Palio Weekend Adventure Locker

Motor: Flex, dianteiro, transversal, 1.747 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando simples de válvulas no cabeçote. Injeção multiponto sequencial e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio manual (automatizado) com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Oferece diferencial dianteiro blocante como opcional.
Potência máxima: 130 e 132 cv a 5.250 rpm com gasolina e etanol.
Aceleração de 0 a 100 km/h: 10,9 e 10,5 segundos com gasolina e etanol.
Velocidade máxima: 182 e 184 km/h com gasolina e etanol.
Torque máximo: 18,4 e 18,9 kgfm a 4.500 rpm com gasolina e etanol.
Diâmetro e curso: 80,5 mm X 85,8 mm. Taxa de compressão: 11,2:1.
Suspensão: Dianteira do tipo McPherson com rodas independentes, com braços oscilantes inferiores e barra estabilizadora. Traseira com rodas independentes, eixo de torção e barra estabilizadora.
Pneus: 205/70 R15.
Freios: Discos ventilados na frente e tambor atrás. Oferece ABS de série.
Carroceria: Station em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,31 metros de comprimento, 1,72 m de largura, 1,64 m de altura e 2,46 m de distância entre-eixos.
Peso: 1.211 kg.
Capacidade do porta-malas: 460 litros.
Tanque de combustível: 51 litros.
Produção: Betim, Minas Gerais.
Itens de série: Versão Attractive: ABS, airbag duplo, computador de bordo, conta-giros, direção hidráulica, vidros dianteiros e travas elétricas e volante com regulagem de altura.
Preço: R$ 41.490.
Versão Trekking: Adiciona motor 1.6, barras longitudinais no teto e pneus de uso misto.
Preço: R$ 43.360.
Versão Adventure: Adiciona motor 1.8, ar-condicionado, banco do motorista com regulagem de altura, chave canivete, rodas de liga leve de 15 polegadas e adereços estéticos off-road.
Preço: R$ 51.210 (R$ 53.390 com câmbio Dualogic).

Fiat Siena EL 1.4

Motor: Flex, dianteiro, transversal, 1.368 cm³, quatro cilindros em linha, duas válvulas por cilindro, comando simples de válvulas no cabeçote. Injeção multiponto sequencial e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira.
Potência máxima: 85 e 86 cv a 5.750 rpm com gasolina e etanol.
Aceleração de 0 a 100 km/h: 12,9 e 12,8 segundos com gasolina e etanol.
Velocidade máxima: 166 e 167 km/h com gasolina e etanol.
Torque máximo: 12,5 e 12,4 kgfm a 3.500 rpm com gasolina e etanol.
Diâmetro e curso: 72,0 mm X 84,0 mm. Taxa de compressão: 10,3:1.
Suspensão: Dianteira do tipo McPherson com rodas independentes, com braços oscilantes inferiores e barra estabilizadora. Traseira com rodas independentes, eixo de torção e barra estabilizadora.
Pneus: 175/65 R14.
Freios: Discos ventilados na frente e tambor atrás.
Carroceria: Sedã em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,16 metros de comprimento, 1,63 m de largura, 1,43 m de altura e 2,37 m de distância entre-eixos.
Peso: 1.076 kg.
Capacidade do porta-malas: 500 litros.
Tanque de combustível: 48 litros.
Produção: Betim, Minas Gerais.
Itens de série: Apoios de cabeça com regulagem de altura, bancos dianteiros com regulagem do encosto, banco traseiro rebatível, computador de bordo, conta-giros, tomada 12V e vidros verdes.
Preço: R$ 28.150 com motor 1.0 e R$ 30.970 com motor 1.4.

Fiat Strada Trekking 1.6

Motor: Flex, dianteiro, transversal, 1.598 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando simples de válvulas no cabeçote. Injeção multiponto sequencial e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira.
Potência máxima: 115 e 117 cv a 5.500 rpm com gasolina e etanol.
Aceleração de 0 a 100 km/h: 9,9 e 9,8 segundos com gasolina e etanol.
Velocidade máxima: 176 e 178 km/h com gasolina e etanol.
Torque máximo: 16,2 e 16,8 kgfm a 4.500 rpm com gasolina e etanol.
Diâmetro e curso: 77,0 mm X 85,8 mm. Taxa de compressão: 10,5:1.
Suspensão: Dianteira do tipo McPherson com rodas independentes, com braços oscilantes inferiores e barra estabilizadora. Traseira com eixo rígido, com molas helicoidais.
Pneus: 175/70 R14.
Freios: Discos ventilados na frente e tambor atrás. Oferece ABS de série.
Carroceria: Picape em monobloco com duas portas e quatro lugares. Com 4,42 metros de comprimento, 1,66 m de largura, 1,58 m de altura e 2,71 m de distância entre-eixos.
Peso: 1.176 kg com 500 kg de capacidade de carga.
Capacidade do porta-malas: 580 litros.
Tanque de combustível: 58 litros.
Produção: Betim, Minas Gerais.
Itens de série:
Working 1.4: Apoio de cabeça, barras longitudinais no teto, computador de bordo, conta-giros e protetor de caçamba.
Preço: R$ 31.490 (cabine simples), R$ 34.540 (cabine estendida) e R$ 38.440 (cabine dupla).
Trekking: Adiciona motor 1.6, freios ABS, airbag duplo, brake-light, direção hidráulica, faróis de neblina, pneus de uso mists, vidros dianteiros e travas elétricas e volante com regulagem de altura.
Preço: R$ 38.350 (cabine simples), R$ 41.150 (cabine estendida) e R$ 45.050 (cabine dupla).
Adventure: Adiciona motor 1.8, ar-condicionado, computador de bordo B, rodas de liga leve de 15 polegadas e adereços estéticos off-road.
Preço: R$ 47.490 (cabine estendida), R$ 51.490 (cabine dupla) e R$ 54.060 (cabine dupla Dualogic).


por Rodrigo Machado - Auto Press
Fonte: MotorDream


Opel pretende produzir carros com preços mais acessíveis

Opel muda plano comercial para recuperar mercado


A Opel vai inverter a estratégia comercial e vai passar a produzir carros mais acessíveis para reconquistar espaço no mercado. Apesar do difícil momento vivido pelas empresas europeias, a fabricante alemã afirmou que não fará cortes de investimentos em novos produtos. A marca espera, até 2016, apresentar 23 novos modelos ou facelifts, entrando em novos segmentos para a empresa, como o dos subcompactos e dos SUVs pequenos.

Para recuperar as vendas, além de investir em uma estratégia comercial agressiva, a Opel vai adotar outras medidas. A principal delas é a otimização da capacidade das fábricas. A empresa vê uma falha na eficiência e vai aproveitar a experiência mundial da GM para encontrar novas relações, principalmente com a aliança entre a marca norte-americana e a francesa PSA Peugeot Citroën. De acordo com os alemães, a nova investida, com preços mais baixos, não irá colocar a marca em posição de concorrência com a Chevrolet, marca pertencente ao parceiro dos Estados Unidos.
 
Fonte: MotorDream