sábado, 30 de junho de 2012

Brasil e Argentina definirão nova política bilateral para 2014

Países debaterão acordo automotivo em julho


Pimentel e Giorgi começam a definir novo acordo automotivo para 2014 (Foto: Ministério da Indústria/Argentina)

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, e a ministra da Indústria da Argentina, Débora Giorgi, iniciaram as tratativas da política de um novo acordo automotivo entre os dois países que deve vigorar a partir de 2014 (o acordo atual expira no fim de 2013). Durante o encontro dos dois ministros e suas equipes na noite de quinta-feira, 28, em Mendoza, Argentina, dentro do âmbito da Cúpula doMercosul, os países agendaram para 14 de julho uma nova reunião, desta vez em Brasília (DF), para diagramar a integração produtiva da cadeia automotiva dos dois países, que hoje responde por 52% de todo o comércio do Mercosul.

Os dois ministros concordaram na necessidade de integrar as fases do projeto produtivo dos países em um modelo que já estaria adequado ao novo regime automotivo brasileiro, que entra em vigor em 2013, com a exigência de aumento de conteúdo nacional. A integração regional consistiria no tratamento “nacional” por parte do Brasil de processos produtivos, peças e componentes fabricados na Argentina para fins de concessão de incentivos estabelecidos no programa Inova Auto, do Brasil Maior.

“Excluiríamos do cálculo do conteúdo regional tudo o que não tenha relação direta com a produção”, disse o ministro Pimentel em nota divulgada pelo MDIC.

A pauta inclui um modelo de comércio inter-regional para recuperar o espaço perdido frente aos componentes importados de fora da região. O déficit de autopeças com outros países figuram US$ 22 bilhões do Brasil e US$ 6,9 bilhões da Argentina, informou uma fonte do governo argentino citado em reportagem da Agência Estado.

Os governos também deverão definir incentivos comuns para estimular pesquisa, desenvolvimento e inovação no setor, além de mecanismos comuns para evitar que incentivos nacionais aloquem investimentos apenas em seu país.

Em Mendoza, os ministros também discutiram sobre a criação de um programa de compras governamentais, que permitiria aos dois governos pagar mais por produtos originários do Brasil e da Argentina, semelhante ao programa de compras governamentais do governo brasileiro, que permite o pagamento de até 25% a mais nas licitações por produtos fabricados localmente quando comparados com os importados.


Nenhum comentário:

Postar um comentário