sábado, 23 de junho de 2012

GM abre novo PDV em duas fábricas no Brasil

Desta vez, PDV afeta também São Caetano do Sul


GM de São Caetano do Sul (SP)

A General Motors anunciou nesta sexta-feira, dia 22, a abertura de um novo Programa de Demissões Voluntárias (PDV) em São José dos Campos (SP), o segundo em menos de um mês. Desta vez, a montadora estendeu a medida também à fábrica de São Caetano do Sul (SP). Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, o PDV foi aberto nesta sexta-feira, 22, e se encerra no dia 2 de julho para todos os trabalhadores da produção.

No programa anterior, encerrado em 15 de junho, houve 186 adesões. No período de um ano, a GM já fechou cerca de 2 mil postos de trabalho nas fábricas de São José dos Campos e São Caetano do Sul. A montadora não informou quantas demissões pretende atingir com esse novo programa. Para o sindicato, o PDV seria desnecessário por não haver mão de obra excedente e porque as vendas do setor automotivo tiveram crescimento significativo depois da redução de IPI concedida pelo governo.

O Sindicato também defende a reabertura do segundo turno do MVA, onde são montados Corsa, Meriva e Zafira. “Não há motivo para a GM continuar demitindo, principalmente porque tem recebido incentivos do governo, que deveria cobrar da empresa a manutenção dos postos de trabalho”, afirma o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros. “Além disso, os cortes vão sobrecarregar ainda mais os trabalhadores que continuarem na fábrica.”

O presidente do sindicato reuniu-se nesta sexta-feira com o secretário de Relações do Trabalho de São José dos Campos, Ricardo Dinelli, e com o secretário de Desenvolvimento Econômico, José de Mello Corrêa, para discutir a situação dos trabalhadores da GM. O sindicato voltou a cobrar que a prefeitura se posicione diante das demissões que vêm ocorrendo na GM e interceda para que o governador Geraldo Alckmin receba o sindicato.

O secretário Dinelli, entretanto, afirmou que não vai se manifestar sobre as demissões e não quer envolver o governo do Estado no assunto. Ele afirmou ainda que só se manifestará em caso de demissão em massa. O presidente do sindicato também apresentou aos secretários as propostas que foram encaminhadas à GM como forma de garantir a manutenção e ampliação dos postos de trabalho na fábrica.

O que propõe o Sindicato à GM:

- manutenção dos postos de trabalho;
- produção de 100% do Classic em São José dos Campos;
- nacionalização da produção dos veículos trazidos do exterior;
- volta da produção de caminhões em São José dos Campos;
- reabertura do segundo turno do MVA;
- reintegração dos demitidos.

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