domingo, 5 de fevereiro de 2012

Teste: Aston Martin Virage 2012

 Aston Martin Virage reúne em um único conjunto qualidades de todos os outros carros da marca

O Aston Martin Virage definitivamente é um legítimo Aston. Daqueles que fazem o motorista se sentir o próprio James Bond. O esportivo, mostrado durante o Salão de Genebra de 2011, reedita a nomenclatura usada pelo antigo V8 Vantage em seu lançamento em 1988. O clássico nome agora vem estampado no carro que preenche a lacuna entre os modelos DB9 e DBS, tanto em potência, quanto em preço e proposta. O Virage usa a plataforma VH, que serve de base a todos os atuais modelos da marca, mas aposta nos detalhes para se destacar em uma linha de veículos tão parecidos.



O novo Aston Martin é empurrado pelo V12 de 6.0 litros, já conhecido de outros modelos da marca. Mas, para o novo carro, o propulsor foi calibrado para 490 cv e bons 57,8 kgfm de torque enviados às rodas traseiras por um câmbio automatizado de embreagem simples e seis marchas. O conjunto é capaz de levar o carro de zero a 100 km/h em apenas 4,6 segundos e à velocidade máxima de 299 km/h. As cifras estão exatamente no meio do caminho entre o DB9 e o DBS – com 470 cv e 510 cv respectivamente –, como pretendia a marca inglesa.
Outro ponto forte do carro é o conforto a bordo, trabalhado à exaustão pela Aston Martin para agradar os compradores. O interior é recheado de equipamentos como um novo sistema de GPS que promete suplantar as críticas ao antigo sistema da Volvo usado por outros carros da marca. O modelo também traz sistema de som da marca Bang & Olufsen como opcional – de quase 8 mil euros, cerca de R$ 18 mil.

Mas é o design a parte mais cativante do modelo. Mesmo muito parecido com outros carros da marca, o Virage tem personalidade própria, com traços mais finos e um porte ainda mais elegante. O modelo parece menos "musculoso" que o V12 Vantage e é menor e mais prático que o DB9, além de mais "manso" que o DBS – o que o deixa muito mais adaptado no dia a dia. O modelo é iluminado pela aura especial dos Aston Martin e recende refinamento. É verdade que o Virage não traz as mais recentes inovações tecnológicas. Mas mantém a fabricação artesanal. O que faz toda a diferença.
 
Impressões ao dirigir

Rei da estrada



O Virage surpreende pelo comportamento dócil na cidade. O poderoso motor V12 de 6.0 litros sussurra sob o capô em rotações mais baixas e quase não se faz ouvir. O câmbio se adapta bem a uma condução tranquila e as trocas de marcha são quase imperceptíveis. Além disso, a suspensão com amortecedores reguláveis eletronicamente dá conta de transmitir o mínimo possível das imperfeições do asfalto para o interior, o que leva a crer que o modelo é perfeitamente utilizável no dia a dia em trânsito urbano, sem parecer um "estranho no ninho".

No entanto, seu habitat natural é a estrada. O Virage brinda os ocupantes com a sinfonia produzida pelo motor em rotações mais altas, que se torna um rugido feroz quando o ponteiro do conta-giros se aproxima do limite. Quando dirigido em estradas escorregadias, convém não desligar o controle de estabilidade, sob pena de o carro pregar algum susto no motorista que ousar manobras mais arriscadas. Mas, mesmo assim, o Virage se mostrou um carro muito equilibrado, ágil e preciso.
É fácil se acostumar com a direção muito direta, com os freios de cerâmica e com o comportamento de um carro com tração traseira e 490 cv. O motor tem respostas sempre prontas aos comandos do acelerador, e é capaz de fazer o corpo "grudar" no banco, quando o pedal é pressionado até o fundo. Com algum tempo de convivência, o modelo também mostra ainda mais seu conforto a bordo, mesmo em velocidades mais altas, graças às marchas mais longas, que acabam por sossegar o motor em ritmo de cruzeiro na estrada.

Mas é claro que nem tudo é perfeito. O Virage se ressente da falta de um câmbio de dupla embreagem e tem um comportamento algo hesitante com o modo totalmente automático da transmissão. E os 12 cilindros também consomem bastante combustível. O consumo médio pode ficar além dos 4 km/l, caso se queira extrair tudo o que o motor é capaz de entregar.


Ficha Técnica

Aston Martin Virage
Motor: A gasolina, dianteiro, longitudinal, 5.935 cm³, doze cilindros em V, quatro válvulas por cilindro e sistema de abertura variável de válvulas. Injeção eletrônica multiponto e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio automatizado com seis marchas à frente e uma a ré. Tração traseira. Oferece controle de tração.Potência máxima: 490 cv entre a 6.500 rpm.Aceleração de 0 a 100 km/h: 4,6 segundos.Velocidade máxima: 299 km/h.Torque máximo: 57,6 kgfm a 5.750 rpm.
Diâmetro e curso: 89,0 mm X 79,5 mm. Taxa de compressão: 10,9:1.
Suspensão: Dianteira independente com triângulos sobrepostos em alumínio com amortecedores adaptativos. Traseira do tipo independente com triângulos sobrepostos e amortecedores adaptativos. Oferece controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 245/35 R20 na frente e 295/30 R20 atrás.
Freios: Discos ventilados de cerâmica nas quatro rodas. ABS, EBD, assistente de frenagem de emergência e controle de frenagem em curvas.
Carroceria: Cupê em monobloco, com duas portas e quatro lugares. Com 4,70 metros de comprimento, 2,06 m de largura, 1,28 m de altura e 2,74 m de distância entre-eixos. Airbags frontais, laterais e do tipo cortina.
Peso: 1.785 kg.Capacidade do porta-malas: 184 litros.Tanque de combustível: 78 litros.
Produção: Gaydon, Inglaterra
Lançamento mundial: 2011.
Itens de série: Ar-condicionado automático, direção elétrica, trio elétrico, computador de bordo, volante multifuncional, partida por botão, rádio/CD/MP3/USb/iPod/Bluetooth, bancos dianteiros com ajuste de altura, airbags frontais, laterais e de cabeça, controle de estabilidade e de tração, ABS com EBD, assistência de frenagem de emergência e sensor de chuva com acionamento de farol baixo.
Preço na Europa: 248.750 euros (equivalentes a R$ 560 mil).



Fonte disponível no(a): MotorDream.uol.com.br

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